segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nova bolsa moradia


A UFSCar criou uma nova bolsa moradia destinada aos alunos veteranos que já moram na universidade, propondo que saiam destes alojamentos e aluguem casas, através do auxílio de 300 reais mensais.

Teve quem chiou: “300 reais pra pagar aluguel, muitas vezes condomínio, água, luz, gás, transporte, internet? É muito pouco!”

Teve quem aprovou: “Tem república que sai bem barato!”

Teve quem se lamentou por não ter tido esta oportunidade: “Já é um grande avanço você não ser obrigado a morar no alojamento. Morei lá durante 5 anos e não sinto saudade.”

Teve quem cobrou outra postura: “Queremos mais moradias dentro da federal e não que a universidade se abstenha de responsabilidade nos colocando pra fora com uma quantia de dinheiro tão baixa!”

Pontos positivos, pontos negativos.

Qual a tua opinião?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cutucando!

"Denunciei" aqui, dia 21 de janeiro, o aluguel do Teatro Pedro II para formatura de alunos de medicina da UNAERP.

O blog teve muitos acessos e a bomba repercutiu. Saiu uma nota no jornal Gazeta de domingo, dia 23, hoje matéria no jornal A Cidade, no site da EPTV , no Painel Regional da Folha de São Paulo, no giro nacional de notícias da Band News FM e a TV Clube fez uma reportagem comigo, que deve ser exibida amanhã, às 12h30.

Que bom ver a imprensa cumprindo seu papel, cobrando o poder público pelo que a população reivindica.

Escrevo no blog sobre o que acredito, sobre o que me revolta e o que me agrada. O objetivo é sempre provocar!

Que as provocações continuem cutucando as onças soltas por aí!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vestibular: pressão, exclusão, SISU.

Li uma matéria no site da Folha sobre o documentário "Race to Nowhere" (corrida para lugar nenhum) lançado nos EUA a respeito da cultura de alta performance nas escolas.

Diz na matéria que o documentário foi um sucesso estrondoso, arrecadando mais de 6 milhões de dólares. Por que tanto sucesso?

Assim como no Brasil mas, claro, com muito mais força, a cobrança nos EUA para entrar em uma universidade pública ultrapassa os limites do aceitável. Lá, a concorrência está tão alta que as universidades avaliam até mesmo notas da terceira série dos candidatos!

O resultado são crianças altamente estressadas. Inclusive o documentário mostra, segundo a reportagem, a história de uma garotinha de 13 anos que se suicidou após um teste de matemática.

Fiz meus três anos de colegial no COC, aqui em Ribeirão Preto e, portanto, vivenciei um pouco de toda esta cobrança que o vestibular gera. Digo "um pouco" porque nunca vi sentido em nada disto e nunca estudei o necessário para passar em um vestibular concorrido.

Porém, inevitavelmente, tive de enfrentar provas toda semana e cumprir as atividades extras. O que aprendi com isso? A decorar, colar, odiar ainda mais a escola!

Por isso eu sempre questionei este modelo de ensino. Eu sabia que não estava aprendendo nada, que me atropelavam com uma quantidade de conteúdo que eu era incapaz de assimilar naquele curto período de tempo.Além de estar desperdiçando toda energia dos 15 aos 17 anos, forçada a viver de forma sedentária.

Está certo que, assim como dito na reportagem, este stress está presente apenas nas classes médias e altas da sociedade, enquanto nas mais baixas, ao contrário, há a falta de incentivo à educação.

Porém, este fenômeno não significa apenas que estamos sobrecarregando nossa geração desde muito cedo, e sim que estamos arrumando formas cada vez mais devastadoras de excluir os pobres das melhores universidades.

Pobre não tem dinheiro pra pagar cursinho e nem mesmo para pagar a taxa cobrada pelos vestibulares.

Há dois anos, foi criado no Brasil o SISU, Sistema de Seleção Unificada, que gerou muita polêmica. Erros no sistema causaram revolta em muitos candidatos, mas por trás da crítica negativa feita ao SISU, há os interesses dos que vendem cursinho.

O SISU tem como finalidade fazer uma única prova para selecionar alunos para todas as universidades federais do Brasil. O que significa isso?

Significa que o conteúdo cobrado nesta prova não será este ensinado nos cursinhos, pois pessoas de todo Brasil e de todas as classes sociais podem fazer a prova.

O ENEM, que é a prova usada pelo SISU, tem seu foco na interpretação de texto, capacidade de raciocínio e escrita. Não é necessário decorar fórmulas, musiquinhas e nem tabelas.

É preciso algo mais difícil de ensinar: saber pensar e interpretar sozinho, sem decorebas. Isto o cursinho não ensina.

Se o SISU é perfeito? Não, ainda há muito a melhorar, inclusive no ensino público.

Mas digo que fico muito feliz em ver que as coisas, pelo menos aqui no Brasil, começam a mudar de rumo.

A pressão para fazer a garotada de 15, 16, 17 anos decorar um conteúdo extenso e ao mesmo tempo, raso, está chegando ao fim.

E o mais importante: a ascensão social pouco a pouco se faz possível.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Teatro Pedro II vira salão de festas!


Hoje, às 19h, acontece em nosso Teatro Pedro II um evento em que nós, população, não podemos participar.

Desta vez o motivo não são os ingressos caros, pois a bilheteria nem mesmo foi aberta. O motivo se deve ao evento ser particular.

(Mais uma vez) O Teatro Pedro II foi alugado para realizar a formatura de alunos de Medicina da UNAERP.

O pior é que não há nada de ilegal nisto, pois por conter uma banda, o evento é considerado cultural.

Porém, porque será que não somos informados de tal evento na programação cultural do teatro?

Por que, então, já que este é um evento cultural, não podemos comprar nossos lugares lá dentro?

Teatro é lugar de espetáculo, de ator, de público, de reflexão, de catarse!

É uma vergonha que o segundo maior teatro de ópera do país deixe de lado sua função de promover a cultura em Ribeirão Preto e passe a se vender a quem possa pagar.

Só precisa lembrar o pessoal que está na hora de mudar o nome do Teatro.

Tem que colocar lá: Salão de festas/ Teatro Pedro II.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vegana

Direcionado para o público infantil, Vegana é mais um trabalho grandioso produzido pelo Instituto Nina Rosa a fim de informar a respeito dos direitos animais.

Esclarecedor e sereno, o filme agrada também aos mais grandinhos que gostam de desenho animado ou que preferem não ver cenas de animais sendo mortos e torturados.

"Para uma criança você não precisa de grandes argumentos, é só explicar e mostrar a verdade. Mostrando que o que ela está comendo é um animal, isso fica incabível na cabecinha dela." Fala de Priscila Tessuto Campos, atriz e publicitária, uma das vozes do filme.

Vale a pena conferir e não custa nada. Pode ser visto no you tube!

Making of:

Desperdício!


Hoje, mais ou menos 14h, duas senhoras lavavam uma calçada no centro de Ribeirão Preto.

Se já é desnecessário lavar a calçada em dias de sol, quanto mais quando acabou de chover.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O mal da carne de porco: mito?

Li ESTE TEXTO no blog "Batata frita pode", incentivando o consumo da carne suína e dizendo ser "um mito" essa história de que ela é muito gordurosa e não faz bem à saúde.

Logo percebi que quem escreveu tal texto de certo não conhece realmente o modo de criação dos suínos. E isso não é pecado, afinal, esta informação não nos é transmitida mesmo, é escondida. Portanto, resolvi fazer um comentário esclarecendo melhor a questão.

O que não esperava é que os que escrevem neste blog são nutricionistas e médicos! Por isso devemos tomar cuidado com o que lemos por aí. O fato de a informação vir de um especialista não significa que é de confiança.

Este foi o comentário que fiz ao texto:

Informação pela metade. É evidente que os criadores de suínos falarão bem de seu “produto”, mas a realidade é que as condições de vida dos porcos é lamentável. Sou vegetariana e meu primeiro motivo para não comer carne é não achar correto matar quem quer que seja para me alimentar. Mas como vocês estão considerando apenas o aspecto da NOSSA saúde, não falarei sobre a questão da vida animal. Decidi deixar de comer carne também pela minha saúde, e o que posso dizer sobre a carne suína é que ela, definitivamente, não é um alimento saudável. Não é, em primeiro lugar, por ser carne. A carne começa o processo de putrefação assim que o animal é morto, e continuará apodrecendo dentro de nosso organismo. Ela “entope” nosso intestino. Demora cerca de 3 dias para ser decomposta.

Em relação especificamente à carne de porco, a criação de suínos, por mais “evoluída” que esteja, está longe de ser um modelo, de acontecer em “lugares extremamente limpos”. Os porcos são instigados a comer muito além do que necessitam, para que engordem rápido, o que os faz ficar em constante estado de diarréia. Esse excremento em excesso fica no mesmo espaço que o porco e depois é jogado em rios ou, raríssimas vezes, é tratado. O contato do porco com seus excrementos ataca sua saúde em diversos aspectos, um deles é em seu sistema respiratório. Depois, quando vai para o abate, os porcos passam por grande stress, o que libera substâncias em seu corpo que ainda estarão na carne quando formos comê-la.

Sem contar que ao nascerem os machos são castrados a seco! As fêmeas, quando engravidam, ficam confinadas em um espaço minúsculo, onde nem conseguem se movimentar direito, ficando visivelmente deprimidas. Tudo isso altera a carne que comemos.

Enfim, existem inúmeros fatores para nos mostrar que a criação de suínos não é excelente, seja pela falta de respeito com que tratam tais animais, seja pela falta de higiene em que eles vivem.

Se há algum mito a ser combatido, é este de que os animais são bem criados e de que a carne é saudável e necessária à nossa alimentação.

Pra quem quiser saber mais sobre a criação dos suínos, indico o filme "Espírito de porco".

Vejam o trailer:

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Mafalda na praia!

Essa gente que estuda sociologia tem, de nascença, o péssimo defeito de reparar em tudo.

Ouvimos conversas alheias, percebemos olhares... Reparamos os gostos e as preferências. Pois bem, eis que resolvi ir à praia.

Dragão, fio dental, criancinha, ping-pong, pêlo, umbigo, músculo, pereba, barriga, paquera, sertanejo, inveja, xixi, dinheiro, som alto, sexo, cicareli, limão, isopor, chinelo, catarro, cofrinho, dança da aranha, fila, vermelho, choro estridente, bêbado, peito, coxixo, maconha, briga, silicone, esgoto, família, trânsito...

Enquanto reparava em tudo isso, lembrei-me da Mafalda. Ela disse algo que resume minhas observações...