"(...) Martins (1978), ao criticar o exercício da teoria pela teoria que assola a sociologia contemporânea, tanto quanto o empirismo fácil, assume uma posição declarada em favor do compromisso da ciência quando afirma: "Há os que preferem dedicar a vida à dissecação de um conceito, de uma "instância", como modo de produção, ao invés de utilizarem o aparato teórico ou de o fazerem progredir para entender e transformar a realidade, transformando com isso a própria teoria e a si próprios (...). Só o compromisso com a transformação da sociedade pode revolucionar o conhecimento, pode fazer a sociologia uma ciência e não um cacoete"
domingo, 18 de novembro de 2012
Pra que(m) serve a sociologia?
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
O mal das "Tias"
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Pimpolhando
Em tão pouco tempo, já acumulei algumas boas histórias sobre essas gostosuras, e acho que algumas dariam bons posts!
Então hoje, vou iniciar essa nova categoria no blog: Pimpolhos!
Aí vai a primeira historinha, que foi a pérola da semana da pátria:
Eu estava iniciando as atividades de comemoração da pátria. Enquanto confeccionávamos a bandeira do Brasil, comecei a conversar com eles. Conversa vai, conversa vem...
"Então quer dizer que moramos dentro de um lugar grandão, chamado Brasil. E dentro do Brasil, moramos dentro de Ribeirão Preto, certo? Mas existem muitas cidades... Querem ver? Existe Ribeirão Preto, Cravinhos, Sertãozinho, Campinas, São Paulo..."
Aluninho: "Corinthians! Corinthians! Também tem Corinthians!"
"Não, eu estou falando da CIDADE chamada São Paulo. Existe um São Paulo time de futebol e outro que é uma cidade."
Silêncio.
"Então gente, existe Campinas, São Paulo..."
E lá vem ele de novo: "Corinthians! Corinthians!" Hahahaha...
Depois, quem é que queria saber de pátria? Todo mundo só gritava Corinthians!
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Maiô?!
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
O Mundo de Sofia
Em plena segunda-feira de carnaval, eu e meu amado Cleber resolvemos, além de dormir, lavar o carro e brincar com os cachorros, assistir "Ensaio sobre a cegueira".
Depois, conversando sobre o filme, o Cleber quis me contar o mito da caverna. Pegou o livro "O mundo de Sofia" e leu para mim a parte que explica o mito. Resultado? Nossa vontade foi devorar o livro inteiro!
Começamos, então, pelo primeiro capítulo. Para quem não conhece o livro, é o seguinte: Sofia, uma garota prestes a completar 15 anos, começa a receber cartas estranhas, questionando-a e fazendo-a pensar sobre, por exemplo, quem era ela, de onde veio o mundo, o que é a vida e o que há depois da morte.
Depois de lermos apenas o primeiro capítulo, já tivemos muito que comentar. Quem nunca se questionou sobre as mesmas coisas? Quem nunca se viu intimado a encontrar respostas para tais perguntas? Perguntas que os pais ou a escola tentam silenciar e a religião tenta resolver dizendo ser tudo obra de Deus. Mas como a própria Sofia se questiona, se foi Deus quem criou tudo, quem criou Deus? Ele não pode ter criado a si próprio.
Os mais intelectuais poderão dizer que o livro é apenas um romance. Mas eu confesso que até já comecei a vislumbrar futuras aulas lendo trechos dele aos meus futuros alunos! Afinal, tem uma linguagem fácil, uma escrita apaixonante e cumpre seu papel: desperta nosso olhar para tudo que achamos normal, evidente. Faz de nós um pouquinho filósofos...
"Na escola, Sofia tinha dificuldade de se concentrar no que o professor falava. De uma hora para outra, começou a achar que ele só falava de coisas que não eram importantes. Porque ele não falava sobre o que é um ser humano, ou então sobre o que é o mundo ou de onde ele tinha surgido?
Ela sentia uma coisa que nunca tinha sentido antes: na escola, e também por toda parte, as pessoas só se preocupavam com trivialidades. Mas havia questões maiores, mais graves, cujas respostas eram mais importantes do que as matérias normais da escola."
“ O Mundo de Sofia", Jostein Gaarder
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Escola?
Voltar pra cá implica um retorno a muitas outras coisas que ficaram aqui... E uma delas é o teatro! O teatro em que acredito.
Por uma dessas coincidências da vida, cheguei exatamente no momento em que procuravam uma atriz para uma peça cujo tema é educação. Conheci o texto e me apaixonei alí mesmo. Retrata a escola que me educou e que me fez detestá-la. A mesma que eu quero ajudar a transformar!
A minha decisão em fazer pedagogia veio justamente das minhas lembranças da escola. Quase todas ruins... E ensaiando a peça, nos lembramos de fatos absurdos.
Uma das atrizes nos contou que quando criança, apenas por questionar o motivo de não ter recebido uma folha, a professora lhe enfiou na boca papel higiênico molhado no alcool.
Outra era chamada pela professora de bujãozinho toda vez que caía. E tinha de aguentar coleguinhas zombando dela com o aval da professora...
Outra, ainda, era o próprio castigo para os outros alunos da classe. A professora dava o castigo a alguém dizendo: sente-se ao lado dela!
Eu mesma vi, na primeira série, a professora bater em um aluno deficiente.
Enfim! Que educação é esta? O que ela fez de nós? E o que nós podemos fazer por ela?
Às vezes como uma coisa boa, às vezes como um lugar onde eu estava sempre angustiado."
Trecho da peça "A Aurora da minha vida", de Naum Alves de Souza.